Questão de Tempo (About Time)
Por Paula Zózimo
Sabe aquele filme que
você senta para assistir achando que vai ser só mais um filme legalzinho e
despretensioso que vai te entreter por mais ou menos um par de horas? É
exatamente dessa maneira que a sinopse do “Questão de tempo” engana a gente
completamente.
E isso porque esse
filme pode ser tudo, menos despretensioso. “Questão de tempo” (About Time, no
título original) é um daqueles filmes que encantam a gente com tal sutileza que,
quando a gente percebe, já era. Com uma trama leve, mas audaciosa, e
personagens singulares, o filme nos faz rir, arranca lágrimas e,
principalmente, nos faz repensar a nossa própria vida e a maneira como
aproveitamos o nosso tempo.
A trama é iniciada
com a festa de 21 anos de Tim (Domhnall Gleeson) e, por finalmente atingir a
maioridade, seu pai o revela um antigo segredo de família: todos os homens da
família têm o poder de voltar no tempo, mas apenas a momentos da própria vida
deles. E não, não tem nada de máquinas do tempo, superpoderes ou mágica. Para
realizar a viagem no tempo, basta que estejam em algum lugar escuro, apertem os
punhos e imaginem o lugar que desejam ir. Simples assim.
Então, no auge da juventude, Tim resolve usar
da sua habilidade de voltar no tempo para conquistar o amor da sua vida. E é
nesse meio tempo –
e de maneira um tanto peculiar – que ele conhece Mary (Rachel McAdams) e é
amor à primeira vista (ou nem tão vista
assim... Bem, assistam o filme para entender! haha).
Mas, já dizia o sábio
Tio Ben (esse mesmo, tio do Homem-Aranha):
“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, e Tim se sente na
obrigação de usar sua habilidade para tentar consertar a vida das pessoas que
ama. O que ele não sabia, porém, é que afetando a vida dos outros, a sua
própria vida seria afetada. E é assim que o Tim conhece e des-conhece (se é que assim posso dizer) o amor da
sua vida, e precisa triplicar os esforços para encontrá-la e reconquistá-la
novamente.
E, mais uma vez,
somos enganados por achar que o foco do “Questão de tempo” é a tentativa de Tim
de reconquistar seu grande amor, porque depois que se assiste o filme, se
percebe que isso é apenas um grande e belo detalhe na imensidão da mensagem que
o filme busca passar.
Se você terminar de
assistir o filme e não refletir pelo menos um pouquinho na sua própria vida e
na maneira como aproveita o seu tempo, é porque com certeza não prestou atenção
no filme. Mas se isso aconteceu, calma. Não precisa de nenhuma habilidade de
voltar no tempo para consertar isso. Basta “rebobinar a fita” e se deixar
encantar. ;)
Gostou do filme? Não
gostou? Comenta com a gente!
E se você já assistiu, tem
aqui a continuação desse post com comentários **e spoilers** sobre o filme! Continue com a gente aqui!
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